segunda-feira, 7 de março de 2016

Meditações diárias para mulheres que amam demais 07/03 a 13/03/2016

ROBIN NORWOOD

07/03
Podemos ser pressionadas a explicar a familiares e amigos como alguém que não é exatamente admirável ou mesmo digno de estima pode, apesar de tudo, fazer brotar em nós um arrepio de expectativa e uma intensidade de desejo jamais igualados ao que sentimos por alguém mais amável e apresentável. É difícil expressar como ficamos encantadas pelo sonho de trazer à tona todos os atributos positivos – amor, cuidado, devoção, integridade e nobreza – que sabemos estarem anestesiados em nosso amado, à espera de se desabrocharem no calor de nosso amor.
Como explicar que não achamos tão atrativa a pessoa que ele é exatamente, mas a pessoa que estamos convencidas de que podemos ajudá-lo a vir a ser? Como podemos admitir para nós mesmas ou para outrem que estamos apaixonadas por alguém que ainda não existe, e fascinadas com nosso poder de fazê-lo aparecer?

08/03
A maneira mais prática de lidar com as pessoas cujas vidas são incontroláveis é evitar escrupulosamente fazer qualquer coisa que elas poderiam fazer para si mesmas se assim o desejassem.

09/03
Mulheres que amam demais costumam dizer para si mesmas que o homem com quem estão envolvidas jamais foi amado antes, nem por seus pais, nem por suas ex-mulheres ou namoradas. Nós os enxergamos como uma pessoa lesada e rapidamente assumimos a incumbência de arranjar tudo que estava faltando em sua vida muito antes de conhecê-lo. Tomamos sua inacessibilidade emocional, sua raiva ou depressão ou crueldade ou indiferença ou violência ou desonestidade ou dependência como sinais de que ele não foi suficientemente amada. E aí lançamos nosso amor contra suas faltas, seus fracassos, até mesmo sua patologia. Estamos determinadas a salvá-lo pelo poder de nosso amor.

10/03
Nunca é tarde para nos curarmos e curarmos nossos relacionamentos, até mesmo aqueles que já não vivem mais. As almas dos outros perseveram, assim como as nossas, e respondem às nossas mudanças de ideia.

11/03
Tudo que cada uma de nós sabe realmente sobre paternidade é aquilo que vivenciamos na infância com nossos pais... e aquilo que aprendemos com eles foi mais sobre o que não fazer do que como ser bons pais.
Temos de avaliar tudo, positivo ou negativo que recebemos de nossos pais porque tudo, de certa forma, contribui para nossos esforços conscientes nesse difícil trabalho que é amar.

12/03
Tudo que está mais escondido em nós é também o que é mais universal. Todos têm segredos que precisam ser expostos e curados, e, à medida que encaramos os nossos segredos, ajudamos a criar um caminho para que outros façam a mesma coisa. À medida que trabalhamos por nossa cura, ajudamos o trabalho de cura no mundo inteiro.

13/03
Não importa o quanto alarmante ela seja, mas só a informação, simplesmente, não é o suficiente para impedir qualquer tipo de dependência.

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