segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Codependência

Se há um dependente há também um codependente, sejam os familiares do dependente químico ou a pessoa responsável pela manutenção da "nutrição" do dependente emocional.

O codependente geralmente se comporta de forma permissiva por não fazer restrições firmes para que o dependente pare de ingerir certas substâncias ou por negar sua dependência. Da mesma forma o codependente emocional que não estimula ou ajuda o dependente a andar pelas próprias pernas.

O codependente pode se caracterizar também por criar desculpas para justificar recaídas ou para continuar praticando este comportamento, que reconhece como "cuidar dos outros". Sente que isso o faz responsável pela união da família já que pode se tornar uma pessoa supervalorizada por "aguentar" toda esta situação. Torna-se vítima de um estilo de vida, chamando a atenção sobre si.

Podemos observar a dedicação e a insistência que alguns familiares, especialmente pais ou cônjuges, investem nas pessoas com problemas de dependência ou algum outro transtorno de personalidade ou de conduta. Há casos em que a pessoa suporta qualquer tipo de comportamento – e suas consequências, sem perceber que está abrindo mão de sua própria vida e de seus objetivos, e que seu comportamento acaba por perseverar a problemática do outro. Aliás, algumas das pessoas só se sentem úteis ao viver em função do dependente. Assim é interessante para elas que o outro permaneça doente, mesmo que essa motivação seja, na maioria das vezes, inconsciente.

A característica principal consiste na “atadura emocional”, ou seja, a pessoa se atrelada à patologia do outro, tendo uma extrema dificuldade em colocar limites para o comportamento problemático do dependente. Por exemplo, a esposa que tolera, incansavelmente, todas as consequências decorrentes do alcoolismo do marido, como perda do emprego, agressividade, irresponsabilidades, etc. Ou a pessoa que suporta qualquer tipo de abuso do cônjuge por medo das chantagens emocionais feitas por ele, como por exemplo, a separação.

Sejam quais forem as características, essas pessoas se colocam mais a disposição do outro e seus problemas, negando suas próprias necessidades ou as colocando em segundo plano, porque pensam estar ajudando. Raramente percebem que são codependentes.

Quais são as consequências da codependência para a vida da pessoa?

À medida que a pessoa codependente abandona suas necessidades e objetivos ao longo da vida, ela entra num processo de abandono de si mesma e de autodestruição. Como esse padrão ocorre a longo prazo, normalmente durante vários anos, resulta em muitas perdas – perda do tempo que deveria ter sido investido em si mesmo, em seu lazer, em projetos pessoais, perda de relações que poderiam ter sido saudáveis, perda da esperança em resolver o problema do outro.

Isso tudo pode desencadear alguns danos para a saúde da pessoa, seja no aspecto físico através de doenças psicossomáticas ou no campo psicológico – normalmente os codependentes apresentam quadros depressivos ou ansiosos acentuados.

OBS: Não encontrei a autoria, mas está em análise para ser publicado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário