sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Sobre o amor

  QUANDO AMAR significa sofrer, estamos amando demais. Quando grande parte de nossa conversa com amigas íntimas é sobre ele, os problemas, os pensamentos, os sentimentos dele — e aproximadamente todas as nossas frases se iniciam com "ele...", estamos amando demais. 

  Quando desculpamos sua melancolia, o mau humor, indiferença ou desprezo como problemas devidos a uma infância infeliz, e quando tentamos nos tornar sua terapeuta, estamos amando demais. 
Quando lemos um livro de auto-ajuda e sublinhamos todas as passagens que pensamos que irão ajudá-lo, estamos amando demais. 

  Quando não gostamos de muitas de suas características, valores e comportamentos básicos, mas toleramos pacientemente, achando que, se ao menos formos atraentes e amáveis o bastante, ele irá se modificar por nós, estamos amando demais. 

  Quando o relacionamento coloca em risco nosso bem-estar emocional, e talvez até nossa saúde e segurança física, estamos definitivamente amando demais. 

  Apesar de toda a dor e insatisfação, amar demais é uma experiência tão comum para muitas mulheres, que quase acreditamos que é assim que os relacionamentos íntimos devem ser. A maioria de nós amou demais ao menos uma vez, e, para muitas, está sendo um tema repetido na vida. Algumas nos tornamos tão obcecadas por nosso parceiro e nosso relacionamento, que quase não somos capazes de agir.

*Texto retirado do livro Mulheres que amam demais - Robin Norwood


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